terça-feira, 30 de abril de 2013

Surf Nazis Must Die (EUA, 1987)


Filme: Surfistas Nazistas Devem Morrer (Surf Nazis Must Die)
Diretor: Peter George
Ano: 1987
País: EUA
Duração: 83 minutos
Elenco: Gail Neely, Robert Harden, Barry Brenner 


Em um não distante futuro pós-apocalíptico, após um terremoto que matou e desabrigou milhões de pessoas em Los Angeles, uma gangue busca o total controle da praia. Estes são os surfistas nazistas que, segundo os próprios, são surfistas de verdade pois surfam com o pé esquerdo na frente, diferente os surfistas fajutos, que são uma raça inferior.






E nada mais anos 80 que gangues de delinquentes cheios de maquiagem, inclusive com suásticas pintadas na cara. 


Os líderes dos surfistas assumem nomes reais como Adolf e Mengele. Adolf, é claro, é o líder do grupo e Mengele é o mecânico de pranchas, que desenvolve uma que aciona uma faca em sua ponta, mas que infelizmente é pouco aproveitada no filme. Também na turma dos vilões estão Eva, a namorada do Fuhrer da praia; Hook, um cara que parece ter saído do Laranja Mecânica, mas com um gancho substituindo sua mão; entre outros menores.

Lembrando uma versão barata do Warriors, Adolf tenta unificar todas gangues de surfistas, convertendo todos ao nazismo, mas a ideia não é bem recebida pelos outros grupos. Lá estão presentes os skatistas, os samurais, os fortinhos, entre outros.

Os nazistas seguem seu rastro de destruição eliminando outros surfistas e saqueando pessoas na praia. Até que Leroy, um cara negro impede um roubo mas acaba sendo morto pelos surfistas racistas. Até então o filme é parado e pouco acontece, com poucas mortes ou violência, somente é mostrado brevemente uns peitinhos sem graça. Nem mesmo a morte de Leroy é mostrada, já que este é um filme que não te dá todas as respotas e o instiga a pensar (não). Na verdade pouco vai acontecer durante quase todo o filme.

A mãe de Leroy, que aprontava as maiores confusões no asilo, convenientemente estava na praia quando os nazistas falam sobre a morte de Leroy, assim ela vai querer vingar seu filho.
Facilmente ela compra uma arma e granadas em uma loja de usados, enquanto os nazistas continuam atacando as outras gangues até serem surpreendidos pelos surfistas samurais, que incrivelmente não lutam nada e acabam se dando mal. As outras gangues também tentam atacar os nazistas, mas sempre sem sucesso em lutas toscamente coreografadas entre cenas desnecessárias de surfe. 

A mãe de Leroy, que havia sumido do filme, retorna e quer justiça. Depois dos sucessivos fracassos das outras gangues, a velha motoqueira, com suas granadas e sua arma vai a caça dos nazistas mostrando que a terceira idade pode sim ser páreo para o terceiro reich (rá!).

Há poucos momentos ou frases marcantes no filme, mas todas são protagonizadas pela senhora justiceira, como na cena em que os pescadores desanimados com a falta de peixes são surpreendidos por ela que diz a seguinte frase: "Hoje é o seu dia de sorte. Você e eu vamos pescar uns surfistas". Eles saem de barco caçando os nazistas, atropelando Eva e decepando sua cabeça. Depois, já com Adolf sob a mira de sua arma ela oferece uma comida caseira da mamãe e... Bang!.

Este filme de 1987 dirigido por Peter George se tornou um cult, talvez muito em virtude de ser distribuído pela Troma, o que para muitos já torna qualquer filme ruim em um ótimo filme ruim de culto. Fui conhecer o filme através da banda de hardcore alemã chamada Surf Nazis Must Die, a qual já escrevi algo a respeito em meu outro blog e que, inclusive, utiliza em suas músicas algumas vinhetas retiradas do filme. Recomendo a banda a quem não conhece, pode ser um complemento interessante à esta experiência cinematograficamente trash. 


Na verdade esperava mais, há pouca ação e violência, quase nada de sangue. Na primeira vez que o assisti, há alguns anos, pouco lembrava sobre o filme, e realmente, agora o revendo, há pouco mesmo a se lembrar além de uns surfistas nazistas caçados pela impiedosa Mama, ou vai ver eu que não entendi a poesia do filme. Felizmente o filme não se leva a sério em nenhum momento e é até divertido por vezes, então, não deixem de assistir pelo menos uma vez esta obra.

Foi distribuído no Brasil pel DIV (Distribuidora Internacional de Vídeos) em VHS.
Mais filmes da Troma estarão presentes no blog em breve.

Minha Nota: 5,5

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