Diretor: David Sandberg
Ano: 2015
País: Suécia
Duração: 30 minutos
Elenco: David Sandberg, Jorma Taccone, Steven Chew
Miami, 1985. Uma época violenta e cheia de neon. Época de Kung Fury, um policial que, após seu parceiro ser cortado ao meio por um ninja, é simultaneamente atingido por um raio e picado por uma cobra, ganhando habilidades elevadas de kung fu, tornando-o o melhor policial do mundo.
Kung Fury é chamado para combater uma máquina de fliperama que ganha vida e está causando o caos na cidade. Ele chega voando em cima de sua Lamborghini, atirando e depois espancando com os próprios punhos a máquina e destruindo a cidade.
Após este bem-sucedido feito, o chefe de Kung Fury o designa um parceiro, o Triceracop (um policial triceraptor), mas, como só trabalha sozinho, ele se demite. Antes de deixar o escritório, uma ligação de Hitler, que viajou no tempo para o futuro, atirando no telefone, faz com que vários na delegacia sejam mortos pelas balas transmitidas pelas linhas telefônicas.
Com isso, Kung Fury se alia a Hackerman, o melhor hacker do mundo que convenientemente está na delegacia, para voltar no tempo e matar Hitler, o Kung Führer, antigo mestro do kung fu e maior bandido de todos os tempos, durante a época da Alemanha Nazista. Hackerman, com sua luva Nintendo Power Glove (que deve ter sido trazida do futuro, já que só foi comercializada à partir de 1989) e computadores de última geração consegue hackear o tempo e manda Kung Fury, surfando em um Commodore 64, para o passado. Porém, algo dá errado e Kung Fury vai parar na Era Viking, ou seja, o tempo de velociraptors que disparam raios laser, os laser-raptors, uma mulher montada em um lobo gigante com uma metralhadora giratória e outra que cavalga em um Tiranossauro Rex. Mas é com a ajuda do gigante Thor, de peitorais bem definidos e seu martelo do tempo, que Kung Fury finalmente consegue viajar para a Alemanha Nazista, mas não sem antes deixar um "pequeno" telefone portátil para as vikings manterem contato.
Lá ele mostra seu vasto repertório de golpes fatais fazendo fila em centenas de soldados nazistas até que é atingido pela metralhadora de Hitler. Neste momento chega a ajuda de Kung Fury, com a chegada de Hackerman, as vikings armadas, o gigante Thor e o bom parceiro Triceracop. Kung Fury vai para o céu, quando o filme torna-se uma animação, mas Hackerman hackeia as balas e o traz de volta para o confronto final contra Hitler e sua águia dourada mecânica.
O filme termina em grande estilo com um clipe musical com a participação de David Hasselhoff, um dos ícones da década de oitenta, protagonista do Super Máquina.
Kung Fury é uma grande homenagem aos exagerados e trashs anos 80, tanto aos filmes de ação e ficção científica não muito científica, quanto aos jogos de videogame e desenhos do período, mas de forma ainda mais exagerada que os próprios anos 80. O visual do filme lembra uma fita VHS com direito às falhas de tracking, que pulam de uma cena para outra, assim como as músicas características da época, cheias de sintetizadores, vozes forçadas e frases de efeito.
O curta faz homenagem a diversos filmes e tem uma coletânea de elementos interessantes, como a viagem no tempo, vikings, dinossauros com raios laser, máquinas de fliperamas que ganham vida, super poderes do kung fu, nazistas, policiais brucutus invencíveis, etc. Tudo isto com um alto grau de trashismo, cenas completamente absurdas e hilárias e um roteiro sem qualquer sentido. Logo no início já sabemos do que se trata quando um grupo é abordado por um policial, e um deles usa o skate como alavanca para fazer a viatura voar e ser destruída a tiros pela gangue.
Kung Fury usa e abusa dos efeitos de computação gráfica para as cenas mais insanas e mesmo que eu não seja um grande apreciador desta técnica, devo dizer que o resultado ficou bastante bom para a proposta do filme.
O filme foi o primeiro filme dirigido pelo sueco David Sandberg, que também atua como o próprio protagonista. O projeto surgiu em 2003 quando foi liberado um trailer do possível filme, que para ser realizado foi colocado no site de financiamento coletivo Kickstarter, sendo apoiado por 17.000 fãs e arrecadando mais de $ 600.000. O filme foi concluído em 2015, foi exibido em Cannes e liberado gratuitamente na internet. Existe a ideia de transformar o curta em um longa metragem, o que torço para que aconteça e acho que se depender de financiamento coletivo certamente poderá ser realizado, visto a grande quantidade de admiradores que o filme conseguiu.
O universo Kung Fury vai além do filme e do video clipe, ele também tornou-se um jogo, no melhor estilo dos antigos beat'em ups.
(Nenhum dinossauro foi extinto para a realização deste filme.)
Show de bola, estou escrevendo sobre esse filme, o Nerd Uai postou as legendas!
ResponderExcluirEsse Kung Fury é demais !
Demais mesmo! Assisti sem saber do que se tratava e me surpreendi bastante.
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