Diretor: Giulio De Santi
Ano: 2012
País: Itália
Duração: 72 minutos
Elenco: Monica Muñoz, Riccardo Valentini, Santiago Ortaez
Taeter City é uma cidade dominada pelas autoridades e corporações. Até aí nada de novo. Para evitar o crime, é desenvolvido o sistema Zeed, que se trata de antenas que geram ondas que podem ser captadas apenas pelos criminosos, já que estes possuem uma alteração cerebral, e isto os leva a cometer suicídio. Em seguida, alguns agentes são enviados para, de uma forma muito humana, acabar com o sofrimento deles, com um tiro na cabeça. Estes também possuem uma luva com lâminas invisíveis, capazes de facilmente cortar corpos ao meio.
Este sistema é operado pela rede de fast food Taeter Burger, que aproveita os restos dos corpos dos delinquentes para seus deliciosos lanches, incluindo coisas como o suco de sangue, bundas torradas com morcilha e olhos de petisco. A Taeter Burger, por sua vez, é controlada pelo governo, desta forma a população pode ficar tranquila e bem alimentada.
Mas um dos criminosos em potencial sofre mutações em decorrência das ondas de rádio e além de ser imune a elas, torna-se capaz de, com seu grito, produzir ondas alteradas que causam mutações àqueles que às escutam, tornando-os psicopatas assassinos.
Basicamente esta é a história do filme. O que acontece à seguir são os agentes caçando o assassino mutante, mas antes terão que eliminar aqueles que se transformaram com o berro do maluco. Baldes de sangue são jorrados enquanto pessoas são rasgadas, mutiladas, seus crânios são esmagados, entre uma infinidade de formas de brutalidade.
Assim como Adam Chaplin, também da produtora Necrostorm, Taeter City contém um gore agressivo, com uma violência gráfica exagerada, mas, neste caso, com menos efeitos de computação gráfica, e mais práticos, com ótimos resultados, o que me fez gostar mais deste em relação ao primeiro filme, também por ter mais humor negro.
A história até tem uma premissa interessante, mesmo em alguns momentos se tornando cansativa, mas vejo o gore como o principal atrativo do filme, assim como todos os filmes da Necrostorm, onde a história fica em segundo plano. Outra coisa bacana, são os cômicos comerciais da Taeter Burger, cujo anunciante é até mais marcante que os próprios protagonistas. Estes comerciais lembram filmes como Robocop e Tropas Estelares, de Paul Verhoeven e Tokyo Gore Police, de Yoshihiro Nishimura, entre vários outros, que também utilizam este recurso para retratar mundos violentos e dominados pelas corporações com métodos desumanos. A filmagem parece meio amadora e tem uns filtros de imagem diferentes, mas o maior ponto fraco do filme são as péssimas atuações, ruins até para um filme trash. A agente Navalha, por exemplo, que seria uma das protagonistas, não tem expressão alguma.
Taeter City, embora menos exagerado, parece se passar em um universo semelhante ao de Adam Chaplin. Um futuro pós-apocalíptico em que a maioria das pessoas é deformada e usa máscaras, e todas são cruéis, sejam elas autoridades ou criminosas.
O diretor ainda fez o filme Hotel Inferno, utilizando o mesmo padrão de violência exagerada, mas mostrando a visão de um assassino, simulando um jogo de primeira pessoa. Entre os projetos previstos para 2015 está um chamado Taeter Scumsquad, que me parece uma continuação ou algo relacionado ao Taeter City.
Esse filme é tosco demais, mas é divertido !
ResponderExcluirVerdade. Só pelo gore já vale.
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