terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Black Past (Alemanha, 1989)


Filme: Black Past
Diretor: Olaf Ittenbach
Ano: 1989
País: Alemanha
Duração: 85 minutos
Elenco:  Olaf Ittenbach, Andrea Arbter, André Stryi
IMDb: 5,0

Resumo do filme:
Um homem em estado de demência mata a filha cravando-lhe um cutelo na cabeça. 
Tempos depois, vemos Thommy (interpretado pelo diretor Olaf Ittenbach), um jovem com cabelo chitãozinho, que gosta de beber e tem problemas com os pais e brigas na escola. Ele encontra no sótão de casa, um baú contendo um espelho e o diário daquele homem, onde explica que o espelho o possuía, e assim matou a família.

Ele pendura o espelho no quarto e o mesmo começa a tremelicar e possuir a sua nova namorada, a tornando uma espécie de zumbi. Ela segue para a rua, é atropelada e hospitalizada, mas não resiste e morre. 


O espelho treme novamente e Thommy tem visões sangrentas. Saí de casa à noite e vê um bebê (ou boneca) sangrando pelos olhos e queimando no carrinho. Sua namorada morta aparece com voz demoníaca atacando-o. Ele esmaga a cabeça dela com uma pedra, mas ela não morre. 

Ocorre um duelo entre os dois e finalmente Thommy consegue com um machado, cortá-la em pedaços, mas seus membros continuam se movendo e ela falando. Mesmo assim ela volta e ele atira em sua cabeça. Mas tudo não passava de um pesadelo, ou não? Ele acorda e vê os pedaços da namorada na cama, pedindo para destruir o espelho. Mas calma, era só mais um sonho.


Thommy passa a ter visões em que ele mata a família, os cortando ao meio com uma motosserra, os serrando e esfaqueando, se auto-mutilando e vendo uma espécie de inferno, semelhante ao que faria mais brutalmente em Burning Moon. Lá vemos um feto ensanguentado pendurado, pessoas dilaceradas, decepadas e cortadas ao meio agonizando,  muito sangue e tripas . Ele tem o pênis pregado e a barriga aberta com faca elétrica e suas tripas retiradas.


Tudo isso era mais uma das visões proporcionadas pelo espelho maligno. Ele acorda vomitando sangue e vê garras crescendo em suas mãos. Arranca pele do rosto e crescem dente afiados enquanto escorre muito sangue, se transformando em um demônio.
Agora as suas visões anteriores passam a se tornar realidade. Ele corta a mão do pai com facão e o crava em sua cabeça. Corta dedos, dá tesouradas no olho da irmã e arranca sua cabeça com as próprias mãos.


A outra irmã é esfaqueada e cortada ao meio verticalmente com a motosserra. Outros amigos chegam a casa e são igualmente massacrados. Mas, quando o demônio está prestes a matar o remanescente, ele acidentalmente destrói o espelho e volta ao normal no momento em que leva uma machadada. Como agora ele perdeu seus super-poderes de imortalidade, pode ser morto.


Com suas tripas saindo, Thommy tenta colocá-las de volta e começa a sangrar e derreter, se decompondo.
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Ao saber que Black Past foi o primeiro trabalho de Olaf Ittenbach, e considerando que ele tinha apenas 20 anos na época e um baixíssimo orçamento, imaginava um filme totalmente tosco e amador, ao estilo do também alemão Violent Shit, de Andreas Schnaas, feito 2 anos antes. A princípio realmente parece bastante amador e com atuações e diálogos fracos, mas o que realmente chama a atenção e surpreende, são os efeitos especiais e a maquiagem que proporcionam cenas inacreditáveis de um gore caseiro mas incrível e eficiente, que impressionam até hoje. 

Diferente de Premutos e Burning Moon, a história de Black Past é bastante simples e o filme é curto e direto, indo sem muitas delongas ao que realmente interessa nele: a carnificina sem limites.  E vale lembrar também que o filme é de 1989, portanto, anterior à influentes clássicos do gore como A História de Ricky e Fome Animal.

Black Past parece ter incorporado alguns elementos de Evil Dead, como a possessão demoníaca, a namorada picoteada que não morre e continua falando e o final, em que ele sangra até se decompor totalmente. 
Algo em Black Past que vai contra as histórias tradicionais, é que o protagonista torna-se o próprio demônio e vilão e não sobrevive no final. Ainda, forçando um pouco, podemos ver uma crítica, como pessoas que são escravas do espelho, dominadas pela imagem. Pode ser uma visão, mas acho que não foi a real intenção deste filme. 

Acabei vendo o filme com legendas em inglês, nem tão bem sincronizadas e bastante incompletas, mas isto não chega a fazer tanta diferença neste espetáculo visual de fácil entendimento e que garante muita diversão. 

Os filmes deste diretor foram uma ótima descoberta para mim e me fizeram procurar mais sobre o chamado "ultragore" alemão. Em breve estarei postando filmes de outro representando deste grupo: Andreas Schnaas.

Enfim, Black Past, apesar de pouco conhecido, é uma obra-prima do gore. Quem gosta de Premutos e Burning Moon, terá um prato (de sangue e vísceras) cheio. Inclusive achei até superior ao Burning Moon.

Se ficou interessado, o filme pode ser baixado aqui:
http://www.myduckisdead.org/2013/08/black-past-1989-olaf-ittenbach.html

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